O papa Francisco gravou um vídeo para o Réveillon de Copacabana e pediu para que a cidade do Rio de Janeiro, que é abraçada pelo Cristo Redentor, não seja a “cidade de braços fechados”, mas que “abra seus braços” como a estátua que é símbolo dos cariocas.
A mensagem foi feita em ocasião dos 450 anos do Rio de Janeiro, comemorados em 2015. “Cristo, o Redentor, não ignora as necessidades e os sofrimentos daqueles que estão sobre a terra.
Os seus braços abertos convidam a superar as divisões e a construir uma cidade unida na solidariedade, na justiça e na paz”, disse o Pontífice.
Perguntando “qual é o caminho para seguir”, Jorge Mario Bergoglio disse – em bom português – que ninguém pode ficar de braços cruzados porque o caminho da unidade “começa por um diálogo construtivo”. Isso porque “entre a indiferença egoísta e os protestos violentos, há sempre uma opção: o diálogo”, falou o líder da Igreja Católica.
O Papa argentino ainda disse que “independentemente do nível de instrução ou de riqueza, todos podem fazer alguma coisa para construir uma vida mais justa e fraterna”. Como fez durante todo o seu Pontificado, Bergoglio pediu que a população “observe as pessoas mais simples, porque todos nós podemos aprender muito com o exemplo de generosidade e simplicidade deles”.
“Infelizmente, sob os olhos da grande estátua, ainda há um contraste das grandes desigualdades sociais – riqueza e pobreza, injustiça, violência – como visão dessa cidade invisível”, onde aqueles “grupos ou territórios” fazem com que pareça que existam “várias cidades, sendo que a coexistência não é sempre fácil em uma realidade multicultural e complexa”, ressaltou.
Porém, o sucessor de Bento XVI pediu para que os brasileiros “não percam a esperança” porque “Deus habita essa cidade”.
Lembrando a Jornada Mundial da Juventude, que ocorreu no Rio de Janeiro em 2013, Francisco agradeceu ainda o carinho que recebeu quando esteve em território nacional.
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