
Alvos da Operação Lava Jato por suspeita de formação de cartel e pagamento de propinas em contratos com a Petrobras, quatro empreiteiras brasileiras – Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Odebrecht e Queiróz Galvão – também entraram na mira da Justiça peruana.
Fiscais do país andino devem viajar ao Brasil nos próximos dias para investigar supostos subornos referentes à construção de uma estrada internacional em seu território. O alerta das autoridades do Peru foi ligado há cerca de um mês, quando o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, foi preso pela Polícia Federal.
“O recado que o Brasil está dando com uma investigação dessa envergadura, e que nós vamos replicar caso se detectem as mesmas suposições no Peru, é de uma clara mensagem de luta contra a corrupção no sul da América”, disse o fiscal-geral da nação, Pablo Sánchez, em entrevista à “Reuters” na última sexta-feira (17). Ele também afirmou que está coordenando com seus colegas brasileiros o envio de uma equipe para interrogar testemunhas do escândalo investigado pela Lava Jato e analisar em detalhes os documentos já obtidos pela Polícia Federal.
No último mês de junho, a imprensa brasileira noticiou que a PF suspeitava de subornos pagos por executivos das quatro construtoras para superfaturar os custos de uma rodovia construída entre 2005 e 2011, que une a Amazônia a portos no oceano Pacífico.
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