Apesar dos esforços de adaptação às mudanças climáticas globais já atingirem 26 bilhões de dólares – no período entre 2012 e 2013 – um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) prevê que o financiamento não será suficiente a partir de 2020, a menos que sejam feitas novas contribuições até lá. As informações fazem parte do documento, intitulado A lacuna da adaptação, lançado em Lima (Peru) durante a COP-20.
O custo dessas medidas nos países em desenvolvimento deve ser duas ou três vezes maior do que as previsões anteriores que previam a necessidade de 70 a 100 bilhões de dólares por ano até 2050. Estima-se agora que serão necessários de 250 a 500 bilhões de dólares por ano nesse período, mesmo que as emissões de gases estufa sejam reduzidas o suficiente para manter o aumento da temperatura global em menos de 2°C.
As principais áreas que precisam ser desenvolvidas para fortalecer a adaptação global são o financiamento, a tecnologia e o conhecimento, de acordo com o relatório. Para preencher essas lacunas, é essencial expandir as ações de corte de emissões poluentes na atmosfera, para prevenir que os custos de adaptação e de proteção às comunidades sejam ainda maiores.
“Os impactos das mudanças globais já estão começando a ser contabilizados nos orçamentos das autoridades nacionais e locais”, disse o diretor executivo do PNUMA, Achim Steiner, enfatizando a importância de lidar com as implicações das mudanças climáticas nos países menos desenvolvidos.
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