Equador quer apoio internacional ante “ameaça” britânica

Foto Reprodução

Policiais britânicos cercam embaixada do Equador na última quinta-feira, dia 16

O governo do Equador quer ter o apoio internacional contra uma possível “ameaça” do Reino Unido no caso que envolve o asilo político concedido ao australiano Julian Assange, criador do site WikiLeaks. Atualmente, Assange está abrigado na embaixada equatoriana em Londres, e não pode deixar o país por não ter um salvo-conduto. As informações são do portal Terra.

Durante a semana, o Equador acusou o Reino Unido de ameaçar invadir a embaixada. Os países da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) já manifestaram apoio ao Equador, expressando sua “mais profunda rejeição às ameaças contra a integridade da embaixada e contra o direito soberano do Equador de administrar sua política de asilo”.

Secretário-executivo da Alba, o venezuelano Rodolfo Sanz considerou a atitude do Reino Unido “agressiva”, e afirmou que o país sul-americano não quer nenhuma solidariedade, pois concedeu o asilo de acordo com as leis do direito internacional. Os chanceleres da Alba se reunião neste sábado, dia 18, em Guayaquil, no Equador, para analisar a situação.

Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua, Venezuela, São Vicente e Granadinas, Dominica e Antígua e Barbuda são os países que compõe a Alba. No domingo, dia 19, os países membros da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) também se reunirão na cidade. Representantes do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela também se reunirão para tratar do assunto.

Enquanto isso, a Organização dos Estados Americanos (OEA) também convocou uma reunião com representantes das nações do continente para analisar a questão. A reunião acontecerá no dia 24 de agosto, em Washington, capital dos Estados Unidos.

Observador do Reino Unido na OEA, Philip Barton negou que seu país estaria pronto para invadir a embaixada do Equador. Barton considerou que as acusações “não têm nenhum fundamento” e avaliou que a nota enviada ao Equador foi analisada “fora de contexto”. Legisladores equatorianos desejam que o país convoque uma reunião no Conselho de Segurança das Nações Unidas para que os britânicos não invadam a embaixada em Londres sem autorização.

Presidente do Equador, Rafael Correa afirmou na sexta-feira, dia 17, que a atitude do Reino Unido é uma “ameaça, nem sequer velada, explícita, por escrito, de que poderiam invadir nossa Embaixada de acordo com suas leis internas”. Correa também declarou que o país já tinha consciência de que o Reino Unido poderia não liberar o salvo-conduto, e que Assange pode ficar abrigado na embaixada por tempo indeterminado. “Não sabem com que governo, com que povo estão lidando”, disse.


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