As más notícias não chegam só do Oriente Médio. Pelo menos 140 pessoas morreram na Etiópia nos últimos dois meses em ações de repressão a protestos contra o governo. Os manifestantes tentam impedir que a expansão urbana despeje os agricultores de suas moradias na região do país, conhecida como Oromo.
A denúncia é da organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW). “As forças de segurança mataram pelo menos 140 manifestantes e feriram muito mais”, informou Felix Horne, da ONG. A informação contradiz com os números divulgados pelo governo, que fala em cinco mortos.
Os protestos começaram em novembro, quando estudantes se opuseram aos planos do governo de se apoderar de terrenos de várias localidades na região de Oromia, gerando receios de que o Estado possa se apoderar das terras tradicionalmente ocupadas pelos oromo, o maior grupo étnico do país.
De acordo com a entidade, os protestos são geralmente pacíficos. “Os protestos foram motivados pelo receio de que essa expansão vá despejar os agricultores Oromo de suas terras, a mais nova de uma longa lista de queixas do grupo contra o governo”, afirmou Horne.
*Com Agência Brasil
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