Os Estados Unidos apresentaram nesta terça, dia 3, ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) um projeto de resolução em que insiste na necessidade de uma investigação internacional na Síria. No projeto, que deverá ser votado na sexta-feira, dia 6, os norte-americanos também lamentam a ausência da aplicação do plano de paz do enviado especial para a Síria da ONU, Kofi Annan.
O texto condena as violações de direitos humanos na Síria e apela para a aplicação do plano de paz de Annan sem condições prévias. O texto pede ainda que as violações sejam investigadas para se chegar aos responsáveis, que poderão ser acusados de “crimes contra a humanidade”.
Desde o início da revolta na Síria, em meados de março de 2011, os 47 Estados-membros do Conselho dos Direitos Humanos já aprovaram várias resoluções denunciando as violações dos direitos humanos no país árabe.
O Conselho de Segurança da ONU têm tido dificuldades em aprovar resoluções contra a Síria porque dois de seus membros permanentes, a Rússia e a China, são contrárias a qualquer intervenção externa na Síria.
Os Estados Unidos e os países europeus têm aplicado sanções econômicas à Síria para enfraquecer o governo de Bashar Al Assad e fazer com que ele abra o diálogo com a oposição. Desde o início das revoltas na Síria, estima-se que mais de 16 mil pessoas foram mortas por causa dos conflitos entre as forças de segurança do presidente Assad e rebeldes contrários ao seu governo.
No último sábado, dia 30, o Grupo de Ação para a Síria decidiu criar um órgão executivo de transição para tentar pacificar o país. O órgão terá a participação de integrantes do governo de Assad e da oposição e será responsável por rever a Constituição síria e convocar eleições livres e multipartidárias.
Agência Brasil
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