EUA derrubam proibição a transgêneros nas Forças Armadas

Exercício militar dos Estados Unidos na Ásia - Foto: U.S. Marine Corps Cpl. Lauren Whitney
Exercício militar dos Estados Unidos na Ásia – Foto: U.S. Marine Corps Cpl. Lauren Whitney

O governo dos Estados Unidos derrubou nesta quinta-feira (30) a proibição de que transgêneros assumidos sirvam nas Forças Armadas do País. O fim da proibição, que encerra uma das últimas barreiras para o serviço militar norte-americano, ocorreu após uma decisão de 2011 que permitiu que gays e lésbicas servissem em instituições militares.

“Estamos eliminando políticas que podem resultar em membros transgêneros sendo tratados diferentemente de seus pares, baseado somente em sua identidade de gênero em vez de em sua habilidade de servir”, disse o secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter.

Ele disse que em 90 dias o Pentágono criará um manual para os comandantes sobre como liderar membros transgêneros: “Transgêneros podem servir abertamente”, disse ele: “Eles não podem mais ser dispensados ou de alguma forma excluídos do núcleo militar apenas por ser transgêneros”.

O anúncio não significa que não houvesse transgêneros servindo nas Forças Armadas. Ocorre que, até o momento, o governo adotava a política do “don’t ask, don’t tell” (não pergunte, não diga), ou seja, que correspondia na prática a uma proibição velada para a exposição da orientação sexual. A partir de agora eles estão autorizados a assumir a sexualidade abertamente, inclusive no alistamento.

O secretário acrescentou que o Pentágono irá arcar com as despesas médicas daqueles que já estiverem nas Forças Armadas e desejarem passar por tratamento de mudança de sexo. De acordo com levantamento feito pela Rand Corporation, em um grupo de aproximadamente 1,3 milhão de membros da ativa das Forças Armadas norte-americanas, pelo menos 2.450 são transgênero. Além disso, acrescenta a pesquisa, a cada ano pelo menos 65 militares buscam a mudança de gênero.


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