EUA pretendem aumentar rigidez para entrada no país

Obama reunido com sua equipe de controle do ebola nesta terça-feira (7), em Washington. Foto: Pete Souza/ TWH
Obama reunido com sua equipe de controle do ebola nesta terça-feira (7), em Washington. Foto: Pete Souza/ TWH

Os Estados Unidos vão anunciar medidas mais rígidas para o controle de viajantes internacionais com o propósito de impedir que o ebola se espalhe no país. O diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Tom Frieden, disse nessa terça-feira (7) que o órgão anunciará, em breve, ações com o objetivo de aumentar a segurança dos americanos.”Assim como disse o presidente [Barack Obama], estamos averiguando cuidadosamente o que podemos fazer para aumentar a segurança dos americanos e, nos próximos dias, vamos anunciar as novas medidas que adotaremos”, explicou Frieden na sede do CDC em Atlanta. O presidente Barack Obama já havia dito que pretendia adotar regras mais rigorosas para impedir a proliferação do vírus nos Estados Unidos.

O primeiro caso de ebola nos Estados Unidos foi diagnosticado há uma semana – após o anúncio de que o liberiano Thomas Erik Duncan está internado em um hospital de Dallas, Texas, contaminado.

Ele chegou ao Texas no dia 20 de setembro sem mostrar sintomas, mas o governo estadunidense investiga falhas no atendimento hospitalar, no momento em que ele apresentou os primeiros sinais. A informação sobre a chegada parece não ter sido levada em consideração, e o paciente foi liberado no primeiro atendimento. Cerca de 80 pessoas estão sendo observadas na região, por suposto contato com o liberiano.

Na segunda-feira (6), Obama disse que novos protocolos estavam sendo estudados para aumentar o controle sobre os viajantes que partem do Oeste africano e chegam aos Estados Unidos. O presidente falou da possibilidade de coordenar o trabalho entre as autoridades alfandegárias e o Departamento de Segurança Nacional para identificar pessoas que viajem em voos de ligação, de modo a determinar o seu ponto de partida.

Espanha

A auxiliar de enfermagem Teresa Romero Ramos, infectada com o vírus ebola em Madri, disse, nesta quarta-feira (8), na sala onde está isolada, no hospital, que não sabe como o contágio ocorreu. “Segui os protocolos, não tenho a mínima ideia de como pode ter ocorrido o contágio”, disse.

A mulher, de 44 anos, primeiro caso de contágio do ebola fora de África, disse que hoje se sente “um pouquinho melhor”. Seis pessoas, incluindo Teresa Romero Ramos e seu marido, Javier Limon, estão atualmente isoladas sob observação no Hospital Carlos III, em Madri, por suspeitas de possíveis casos de contágio.

Uma enfermeira do Hospital La Paz, que integra a unidade Carlos III, foi isolada nesta quarta como medida de precaução, diante de um novo possível caso de contágio pelo ebola, segundos fontes hospitalares, que informaram que a enfermeira, que estava trabalhando hoje de manhã, teve uma febre leve e está isolada no Hospital Carlos III. Ela é a sexta pessoa a ser submetida a isolamento desde que, na segunda-feira (6), foi confirmado o primeiro caso de contágio, no caso, de Teresa Romero.

Já na noite de terça-feira (7), uma outra enfermeira que esteve em contato com a auxiliar de enfermagem infectada pelo vírus, foi internada por precaução com sintomas de febre muito leve, tendo ficado isolada. No Hospital Carlos III estão ainda isolados o marido de Teresa Romero, considerado “de alto risco” devido à sua proximidade à paciente, um homem que viajou para o exterior e uma outra auxiliar de enfermagem.

Ajuda brasileira

Um grupo de trabalho do governo brasileiro discute melhorar a ajuda humanitária adicional do Brasil a países africanos afetados pelo vírus ebola. A ajuda deve ser definida nos próximos dias e atenderá a demanda feita à presidenta Dilma Rousseff pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon. O pedido da ONU abrange equipamentos, alimentos e recursos financeiros. Nesta terça (7), os ministros da Saúde, Relações Exteriores e Defesa se reuniram a pedido da presidenta para tratar do assunto.

Ao longo desta semana, as equipes técnicas dos ministérios vão discutir as contribuições que possam atender à demanda da ONU. As opções serão apresentadas à presidenta Dilma, segundo o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, embaixador Antônio Tabajara. Participaram da reunião o ministro da Saúde, Arthur Chioro, das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, e da Defesa, Celso Amorim, além de um representante da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Por meio de uma ação de cooperação com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil já fez doação de kits com remédios e insumos básicos de saúde para tratamento do vírus ebola em hospitais para a Libéria, Guiné e Serra Leoa e de recursos financeiros.

Com agências de notícias


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.