O ex-primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, foi detido em Lisboa neste sábado (22), quando regressava de Paris, na França. Ele é suspeito de envolvimento em crimes de fraude fiscal e corrupção durante o período em que ficou no governo do país, entre 2005 e 2011.
As autoridades portuguesas explicaram, em comunicados, que Sócrates foi preso no âmbito de uma investigação que resultou na detenção de outras três pessoas nos últimos dias. A imprensa local destacou que essa é a primeira vez na história da democracia portuguesa que um ex-premiê é detido para interrogatório judicial.
Em nota, a Promotoria Geral portuguesa explicou que ele irá “responder sobre operações bancárias, movimentos e transferências de dinheiro sem justificativa conhecida e legalmente admissível”. Operações entre as contas da mãe e uma de José Sócrates levaram o Ministério Público até o ex-primeiro-ministro e a Carlos Santos Silva, um amigo de Sócrates.
Segundo a Caixa Geral de Depósitos (CGD), banco em que o ex-premiê tinha conta, existem registros de transferências de milhares de euros para a conta bancária de José Sócrates, a única que o ex-primeiro-ministro sempre afirmou possuir. De acordo com o procurador Rosário Teixeira, no Ministério Público de Portugal, responsável pela investigação, ele será acusado de dois crimes: fraude fiscal e lavagem de dinheiro.
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