O papa Francisco, que chegou sábado (19) a Cuba, viaja nesta segunda (21) para a região de Holguín, onde vai celebrar uma missa na Praça da Revolução, seguindo depois para a cidade de Santiago. Holguín é a terceira cidade cubana em número de habitantes.
Milhares de cubanos saíram no sábado às ruas de Havana para receber o papa Francisco e agradecer os esforços no restabelecimento de relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos. Ao desembarcar em Havana, o papa pediu a Cuba e aos Estados Unidos que avancem na normalização das relações bilaterais e desenvolvam todas as suas potencialidades.
Nesse domingo, Francisco encontrou-se com o ex-presidente cubano Fidel Castro. Segundo o Vaticano, eles conversaram sobre vários temas do mundo atual e trocaram presentes. De acordo com o site cubano Cubadebate, Fidel entregou o livro Fidel e a Religião, do brasileiro Frei Betto, a Francisco. O papa fica em Cuba até esta terça-feira e terá ainda encontros com jovens, famílias e bispos. A visita a Cuba é a primeira etapa de uma viagem que o levará também aos Estados Unidos.
Vestidos de branco em sua maioria, milhares de cubanos lotaram neste domingo (20) a histórica Praça da Revolução em Havana para a primeira de três missas que serão celebradas pelo papa Francisco em Cuba. Apesar de ter tido papel determinante na reconstrução histórica das relações entre Estados Unidos e a ilha comunista, o Santo Padre não tocou no assunto durante a homilia.
Francisco chegou no papamóvel à mesma praça em que também estiveram os papas João Paulo 2º (1998) e Bento 16 (2012). Ele destacou que os cristãos cubanos devem “servir” aos mais frágeis na sociedade, não “se servir dela”. O Sumo Pontífice defendeu a rejeição de qualquer ideologia no ato de servir. “Quem não vive para servir não serve para viver. O serviço aos outros não pode ser jamais ideológico, do ponto de vista que ele não serve as ideias, mas sim as pessoas”, afirmou.
Na homilia, Francisco se referiu aos cubanos como “um povo que tem gosto pela festa, pela amizade, pelas coisas belas”. “É um povo que tem feridas, como todo povo, mas que sabe estar com os braços abertos, que marcha com esperança, porque sua vocação é de grandeza”, disse o papa.
Entre os convidados da missa, estavam a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, e o líder cubano, Raúl Castro, que tem ainda hoje uma reunião reservada com o papa.
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