Filha do ex-ditador Alberto Fujimori, que comandou o país entre 1990 e 2000, Keiko Fujimori é quem lidera todas as pesquisas e já é dada como certa em um segundo turno. Ela lidera todas as pesquisas isoladamente e é praticamente impossível que seja ultrapassada por qualquer um dos seus adversários.
Seu pai, Alberto Fujimori, deu um golpe de Estado no país em 1992, quando fechou o Congresso e passou a governar de forma autoritária, cometendo desrespeitos aos direitos humanos e reprimindo qualquer manifestação contrária ao seu governo. Em 2007, no entanto, ele foi condenado a seis anos de prisão por revista ilegal na casa da mulher de um antigo assessor e obrigado a pagar uma multa ao estado peruano.
Por essa razão, a candidatura de Keiko vem sendo alvo de protestos que tem reunido milhares de cidadãos. Mesmo assim, o fujimorismo ainda tem força entre as populações mais pobres que vivem nos Andes, já que o ex-ditador realizou muitos programas de desenvolvimento voltados para aquela região.
Apesar de liderar todo o primeiro turno e vencer esta rodada com tranquilidade, Keiko não terá vida fácil no segundo turno. Sua rejeição, que beira os 30%, é gigantesca se comparada à de seus possíveis adversários em um segundo turno: Pedro Paulo Kuczynski e Verónika Mendoza, os dois estão empatados em 15% nas pesquisas de intenção de voto e possuem respectivamente 2% e 3,5% de rejeição.
Economista e ex-ministro, Kuczynski é um representante da centro-direita, ao passo que Verónika é de esquerda e vem ascendendo nas pesquisas. O primeiro turno das eleições ocorre hoje, 10 de abril.
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