O cartunista Caco Galhardo, em entrevista ao site Brasileiros, lamentou o ataque ao semanário francês Charlie Hebdo, que aconteceu nesta quarta-feira (7), e deixou 12 mortos, entre eles, os grandes cartunistas Charb, Wolinski, Tignous e Cabu.
“Os melhores cartunistas franceses mortos de uma vez, de uma forma cruel, foi um ataque absurdo, covarde e revoltante. O assassinato de um grupo criativo e inteligente é uma perda para a humanidade”, disse Galhardo sobre a ação.
“Para quem trabalha com cartuns, é uma notícia que vem como uma violência absurda. Na verdade, esse ataque é contra a liberdade de expressão, a beleza e o humor“, acrescentou o cartunista.
Para ele, o Charlie Hebdo “é uma espécie de O Pasquim [jornal carioca publicado de 1969-1991] com um grupo de cartunistas engajados e cheios de ideias, fazendo um jornal de perfil livre”.
Entre os cartunistas mortos do semanário francês, Georges Wolinski foi quem mais influenciou Galhardo, que o considera: “uma alma libertária. Ele fazia um trabalho muito livre e é um dos grandes cartunistas que influenciou todo o mundo“.
Galhardo, que nunca sofreu represália, falou que tem liberdade para trabalhar no Brasil. O cartunista acredita que agora é o momento de defesa da liberdade de expressão: “acredito que vai haver uma reação forte da sociedade contra esse tipo de atitude”.
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