O general colombiano Rubén Darío Alzáte, liberado no domingo (390) após permanecer 14 dias como refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), anunciou sua aposentadoria.
“Em minha honra militar, como primeira virtude de soldado que respeitei servindo por 33 anos à nossa pátria, e em amor e respeito à nossa instituição militar, peço ao governo a minha reforma do serviço”, disse Alzáte.
O sequestro do militar fez com que as negociações de paz entre o governo colombiano e as Farc, realizadas em Cuba, fossem temporariamente suspensas. Ele foi capturado com outras duas pessoas, o cabo Jorge Rodriguez e a advogada Glória Urrego. Todos foram libertados no ultimo fim de semana.
Em um pronunciamento, Alzáte também reconheceu que ficou exposto a riscos durante um trabalho social na zona rural de Las Mercedes, no departamento (Estado) de Chocó.
“Minha vontade de trabalhar e meu amor ao povo chocano me levaram a não adotar procedimentos de segurança”, disse o oficial. Ele contou que, no momento do sequestro, estava com roupas civis, desarmado, sem escoltas. Alzáte disse também que acreditava que sua visita à zona rural não apresentava riscos.
Durante os dias em que ficou preso, Alzáte foi algemado, amarrado e recebeu ameaças de morte por parte dos guerrilheiros. “Também fui forçado a aceitar fazer parte do show midiático que esses terroristas das Farc produzem com fotos e vídeos no dia das libertações”, relatou, referindo-se a uma fotografia sua que circulou pela imprensa local.
Mais cedo, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pediu para Alzáte explicar a todo o país os motivos do seu sequestro, reconhecendo que não adotou medidas de segurança e que colocou em risco as negociações de paz.
Desde 2012, o governo colombiano tenta chegar a um acordo com a guerrilha, que luta por princípios socialistas, como a reforma agrária.
Deixe um comentário