O governo cubano está “otimista” para a nova rodada de negociações com os Estados Unidos, que ocorre nesta quinta-feira (21), informou o jornal oficial do Partido Comunista, Granma.
Segundo a publicação, as conversas que ocorrerão hoje em Washington vão “continuar avançando no processo de restabelecimento das relações e a abertura das Embaixadas”. O jornal destaca que o clima é favorável ao debate bilateral por causa da “justa decisão” do presidente norte-americano, Barack Obama, de ter pedido ao Congresso a retirada da ilha da lista dos países que financiam o terrorismo – decisão que deve ser anunciada até dia 29 de maio pelos parlamentares. Além disso, “os progressos para uma gestão que garanta os serviços bancários da missão diplomática” também são destacados pelo Granma.
Citando uma “alta funcionária dos EUA”, a publicação ainda ressalta que essa deve ser a reunião que vai eliminar “todos os aspectos necessários para abrir as Embaixadas”. O que se sabe até o momento é que há dois pontos de divergências entre cubanos e norte-americanos.
O governo de Raúl Castro quer exigir o “respeito” ao direito internacional que constam na Carta da Organização das Nações Unidas. Por outro lado, os EUA querem que seus diplomatas possam ter uma comunicação aberta com todos os cubanos – incluindo dissidentes do regime dos irmãos Castro.
Nesta quarta (20), em reunião do Comitê de Relações Exteriores do Senado, Roberta Jacobson (que lidera a comitiva dos EUA), afirmou que “ainda há muito a ser feito para garantir uma futura Embaixada na ilha”. Ela pediu o fim do embargo econômico – que vigora desde 1962 – para ajudar os cubanos a “decidir seu futuro, criando oportunidades econômicas e aumentando o contato com o exterior”.
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