A presidenta da Coreia do Sul, Park Geun-Hye, declarou nesta segunda-feira (24) que o país não vai “desligar” os alto-falantes que divulgam propaganda na fronteira com a Coreia do Norte enquanto o governo norte-coreano se recusar a pedir desculpa. A Coreia do Norte deve apresentar “claras desculpas” e prometer não se envolver em “novas provocações”, afirmou a chefe de Estado sul-coreana, em reunião com os seus conselheiros. Para ela, o Norte desencadeou a atual crise com atividades provocadoras.
As duas Coreias mantêm, desde sábado (22), negociações para tentar evitar uma escalada da tensão na península. As rodadas de diálogo, com representantes dos governos, ocorrem na aldeia fronteiriça de Panmunjom, onde foi assinado o cessar-fogo da guerra de 1950-1953. A atual crise começou depois que dois soldados sul-coreanos ficaram feridos durante uma explosão de minas antipessoais. A Coreia do Sul atribui ao Norte a responsabilidade pelo incidente.
Em represália, a Coreia do Sul voltou a ligar, na semana passada, os alto-falantes que divulgam mensagens de propaganda na fronteira, após 11 anos de silêncio.
A tensão aumentou na quinta-feira (20), quando Seul acusou os norte-coreanos de disparar contra uma das suas unidades militares e respondeu com o lançamento de projéteis em direção ao Norte. A Coreia do Norte negou qualquer participação no incidente das minas e lançou um ultimato a Seul, exigindo que acabe com a “guerra psicológica”, sob pena de sofrer represálias militares.
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