Grécia se aproxima de acordo com líderes europeus

Foto: Ingimage
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Depois de uma reunião realizada nesta segunda-feira (1º) em Berlim, que congregou líderes da Alemanha, França, a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI), deve ser apresentada uma proposta ao governo da Grécia para ampliar as chances de um acordo sobre a dívida do país. Sinais de um possível progresso nas conversas com a Grécia agitaram o mercado financeiro nesta terça (2), elevando o euro ao seu mais alto nível nos últimos dez dias.

Contudo, o primeiro-ministro grego, Alex Tsipras, não recebeu de forma positiva a notícia, que pode resistir a um acordo imposto pelos credores: “Não estamos esperando que eles submetam uma proposta”, afirmou. Tsipras também informou nesta terça-feira (2), em entrevista coletiva, que um plano realista de reformas foi submetido ontem à noite aos credores e que Atenas aguarda uma decisão dos líderes europeus sobre o documento. “Agora, está claro que a decisão é se eles querem se ajustar ao realismo e sair da crise sem uma divisão na Europa.”, completou.

O vice-primeiro-ministro da Alemanha, Sigmar Gabriel, também disse nesta terça que está feliz com a iniciativa dos líderes europeus em buscar um acordo: “É certo que a Alemanha e a França estão fazendo novas tentativas de encontrar uma solução, pois as consequências políticas de uma falência grega para a zona do euro seriam imensas. Acho que muitos têm a impressão de que somos melhores (sem a Grécia), mas a verdade é que se quebramos o primeiro pedaço, a União Europeia não seria a mesma”.

A Grécia, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional têm até a próxima sexta-feira (5) para concluir as negociações, garantindo assim tempo necessário para que o acordo receba aprovação parlamentar antes que o programa de ajuda ao país termine ao final do mês. O governo grego tem que fazer, na sexta, o pagamento de uma parcela de 300 milhões de euros (cerca de R$ 1 bilhão) ao Fundo Monetário Internacional, mas há dúvidas de que conseguirá cumprir com suas obrigações financeiras sem uma nova injeção de recursos estrangeiros.


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