Grécia: segunda-feira será marcada por reuniões para discutir a dívida

Foto: Ingimage
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O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras, vão se reunir nesta segunda-feira (22), antes do encontro extraordinário da zona do euro. Também para esta segunda está previsto um encontro do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) para debater um possível reforço da linha de emergência de liquidez para os bancos da Grécia. Na sexta-feira (19), o BCE aumentou a linha de emergência (ELA, na sigla em inglês), mas o valor não foi divulgado.

No próximo dia 30, chega ao fim o programa de resgate à Grécia e a data limite para que o país pague 1,6 bilhão de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Na última quinta-feira (18), o Eurogrupo não conseguiu chegar a um acordo que permita liberar fundos para Atenas. Diante deste cenário, foi convocado um encontro de chefes de Estado e de Governo da zona do euro para esta segunda-feira, em Luxemburgo. A reunião extraordinária será dirigida pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e foi convocada pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

O fim de semana foi marcado por reuniões técnicas tanto do governo grego, quanto de credores internacionais. O primeiro-ministro Alexis Tsipras, divulgou que foi apresentado um novo conjunto de propostas, tendo em vista “um acordo benéfico mútuo”. As instituições internacionais credoras da Grécia também se reuniram na tarde de domingo (21) para debater uma solução para o problema da dívida mesmo sem terem conhecimento das novas propostas de Atenas.

Em 2010, a Grécia pediu o primeiro resgate e, desde então, o país tem sofrido uma recessão significativa da economia e das condições sociais. Este ano, os gregos voltaram a ter um cenário de recessão no primeiro trimestre, o que deve se repetir no segundo trimestre. A situação do setor bancário no país é considerada preocupante pois existe uma crescente fuga de depósitos que passaram dos 2 bilhões de euros só na semana passada.

Entre os principais pontos de divergência entre a Grécia, a União Europeia e o FMI estão temas como as metas fiscais para evitar que o país gaste mais do que arrecada, o aumento do imposto sobre o consumo e os cortes no sistema de pensões entre outros pontos.


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