O grupo britânico de comunicação Pearson, proprietário do jornal econômico Financial Times, reconheceu que está em ‘conversações avançadas’ para se desfazer da prestigiosa revista. A venda da publicação pode gerar um bilhão de libras (mais de 5 bilhões de reais) para os cofres da empresa. A negociação também incluiria uma participação de 50% nas ações da revista The Economist. As informações são do El País.
A Pearson soltou um comunicado depois de uma informação publicada nesta terça-feira (23) na agência de notícias Reuters. “A Pearson está consciente da recente especulação da imprensa e confirma que está em discussões avançadas para uma potencial venda do grupo FT, mas não existem certezas de que as conversações terminem em uma transação.”, informou.
O grupo Financial Times é globalmente reconhecido como uma das publicações mais influentes de economia, e possui uma circulação combinada, juntando impresso e online, de 720.000 exemplares. A revista começou a cobrar pelo acesso online em 2002 e se transformou em uma das mais bem sucedidas do mundo em termos de conteúdo pago. O caráter global da publicação pode ser visto em seus assinantes, que, em sua maioria, vem de fora do Reino unido.
Os Estados Unidos, por exemplo, com 137 mil assinantes, são o maior polo de seguidores da revista. Das 455 mil assinaturas digitais, a metade é de empresas que as adquire para os empregados. Segundo os próprios dados do Financial Times, as assinaturas digitais superaram as impressas em 2012, e hoje representam 70% da circulação da revista. Uma fonte próxima ao grupo de comunicação, citada pela agência Reuters, diz que, apesar da relativa estabilidade da empresa, nesse momento a Pearson estaria mais focada no ramo da educação. O grupo possui 47% da editora Penguin-Random House.
A venda da publicação já está sendo especulada há alguns anos. “Só venderá por cima do meu cadáver.”, disse a ex-presidenta da Pearson, Marjorie Scardino, de acordo com o El País. John Fallon, que ocupou o mesmo posto de Scardino há dois anos, disse que o diário não estava a venda e que era “uma parte valiosa e valorizada da Pearson”. Segundo o próprio Financial Times, em uma reportagem desta quinta-feira (23), a Nikkei, maior companhia de mídia do Japão, é a favorita para adquirir a publicação pela bagatela de 844 milhões de libras, algo em torno de 4,3 bilhões de reais.
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