Membros das comunidades científica e judaica italianas lançaram um manifesto para tirar os sobrenomes de médicos nazistas, condenados por crimes de guerra, dos nomes de várias patologias e exames ainda hoje utilizados.
O pedido foi apresentado na última segunda-feira (8), durante o seminário internacional “Médicos Nazistas e Doenças Epônimas“, organizado em Roma pela Universidade La Sapienza e por uma série de organizações judaicas. Segundo o reitor da universidade, Eugenio Gaudio, será enviada um documento com o projeto para todas as sociedades científicas internacionais, com o objetivo de fazer com que ela chegue à Corte Europeia de Direitos Humanos.
Durante os anos do regime nazista, médicos usavam campos de concentração para fazer experimentos em cobaias humanas e batizavam com seus sobrenomes as patologias descobertas por meio dessas atrocidade. Mais tarde, muitos deles foram condenados por crimes contra a humanidade.
Alguns exemplos são a síndrome de Reiter, bacteriologista que utilizava pessoas vivas em suas pesquisas, e o teste de Clauberg, ginecologista que efetuou graves experimentos em prisioneiros.
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