A guerra no Iêmen entre as milícias houthis xiitas e as nações árabes sunitas já causou a morte de 1.850 pessoas e forçou cerca de 500 mil a abandonarem suas casas, informaram porta-vozes da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra. O escritório das Nações Unidas para a Assistência Humanitária, organismo da ONU que administra situações de emergência, informou que há ainda 7.394 feridos no país árabe.
Adrian Edwards, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), indicou que o número de deslocados desde março é estimado em mais de 545 mil. Edwards também afirmou que o cessar-fogo iniciado há cinco dias terminou nesta segunda-feira (18), e que o tempo foi necessário para as organizações enviarem ajuda por terra ou avião para os feridos.
Contudo, Elisabeth Byrs, porta-voz do Programa Alimentar Mundial (PAM), disse que as tréguas não foram suficientemente longas para permitir a distribuição de toda a ajuda alimentar. O PAM conseguiu distribuir cerca de metade do previsto e ajudou 400 mil pessoas.
O Conflito
A Arábia Saudita, apoiada por diversos países árabes de orientação sunita, iniciou uma campanha aérea contra a milícia xiita houthi no final de março, depois que os rebeldes houthis e seus aliados avançaram sobre a cidade iemenita Áden, um dos últimos refúgios do presidente do Iêmen Abd Rabbuh Mansur al-Hadi. O avanço dos xiitas obrigou o presidente a deixar o país rumo à Arábia Saudita. Os houthis controlam a capital Sanaa e boa parte do norte do Iêmen.
Vale ressaltar que uma das principais figuras políticas do país, Ali Abdullah Saleh, ex-presidente que ficou mais de três décadas no poder e participou da unificação da República do Iêmen, está apoiando os movimento rebelde dos houthis contra a coalizão sunita.
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