Hillary diz que melhorou, mas doença domina campanha nos EUA

Hillary Clinton durante campanha nos EUA - Foto: Gage Skidmore/Fotos Públicas
Hillary Clinton durante campanha nos EUA – Foto: Gage Skidmore/Fotos Públicas

A candidata democrática à Casa Branca afirmou numa entrevista nesta segunda-feira (12) que está bem e que sentiu mal na cerimônia sobre os atentados do 11 de Setembro porque desrespeitou as ordens dos médicos: “Estou muito melhor”, disse Hillary à televisão norte-americana CNN, numa conversa por telefone.

A candidata do Partido Democrata à Casa Branca, que tem uma pneumonia, afirmou que sentiu uma tontura na cerimônia do 11 de Setembro e perdeu o equilíbrio por alguns momentos, mas não chegou a desmaiar. Hillary explicou que os médicos a tinham aconselhado a descansar durante alguns dias, mas que ignorou a recomendação, sublinhando que era senadora por Nova York em 2001, ano dos atentados, e queria estar presente na solenidade que lembra as vítimas.

A doença da candidata do Partido Democrata dominou a campanha eleitoral. Os noticiários da TV norte-americana fizeram indagações sobre a capacidade de Hillary voltar a exibir o mesmo ritmo de trabalho de antes. Não só a imprensa dos Estados Unidos, mas alguns representantes do próprio Partido Democrata criticaram a forma como o comitê de divulgação da campanha de Hillary manipulou as informações antes e depois de uma médica particular emitir comunicado tornando público que a candidata foi diagnosticada com pneumonia. Os jornais mencionaram que o comitê atrasou mais de dois dias para levar à imprensa a informação sobre a doença. Quando decidiu tornar pública a informação, o comitê deixou de explicar detalhes importantes, o que só contribuiu para aumentar as especulações.

Ao comentar as especulações, a campanha de Hillary reconheceu ontem (12) que falhou ao divulgar a informação sobre a pneumonia. Dirigindo-se a alguns representantes do Partido Democrata, que disseram estar decepcionados com a falta de transparência nos relatos sobre a saúde da candidata, a diretora de Comunicações da campanha, Jennifer Palmieri, admitiu que o trabalho da comunicação “poderia ter sido melhor”. Ao conversar por telefone com o jornalista Anderson Cooper, da CNN, que questionou por que o comitê da campanha não divulgou logo que a candidata estava com pneumonia, Hillary Clinton respondeu que não imaginava que a doença tivesse “essa importância toda”. Pelo Twitter, ela enviou mensagem de agradecimento a todas as pessoas que enviaram votos de pronta recuperação. A mensagem diz: “Como todas as pessoas que ficam em casa, longe do trabalho, estou ansiosa para voltar. Verei vocês prontamente na caminhada”.

Em entrevista ao programa Monday Night, da TV pública PBS, o ex-presidente Bill Clinton, marido de Hillary, procurou diminuir as especulações sobre a possibilidade de a campanha do Partido Democrata não estar sendo transparente sobre o estado de saúde da candidata. “Não há mais nada que não tenha sido dito” sobre o assunto, afirmou Clinton.

O candidato do Partido Republicano, Donald Trump, está aproveitando a ausência temporária de Hillary Clinton na campanha para reforçar seu programa eleitoral. Embora nas últimas semanas Trump tenha feito alusões à falta de condições estáveis de saúde para que Hillary possa governar o país, ele se absteve de fazer qualquer comentário a respeito do assunto depois que foi tornado público que a candidata do Partido Democrata estava com pneumonia.

* Com Agência Brasil


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