Hillary e Trump: a eleição dos rejeitados

Hillary Clinton é oficializada como a primeira candidata mulher com chances de vencer a eleição presidencial nos EUA - Foto: Hillary/Divulgação
Hillary Clinton é oficializada como a primeira candidata mulher com chances de vencer a eleição presidencial nos EUA – Foto: Hillary/Divulgação

A ex-secretária de Estado Hillary Clinton é oficialmente a primeira mulher candidata à Presidência dos Estados Unidos por um grande partido, o Democrata. A festa que oficializou a candidatura, na terça-feira (26), no Estado da Pensilvânia, tentou abafar o que a maioria dos americanos não faz questão de esconder: não a querem presidente, assim como querem menos ainda seu rival, o republicano Donald Trump.

Hillary é rejeitada por 55,6% dos eleitores, enquanto Trump tem 57,1% de rejeição, de acordo com a média das últimas pesquisas de intenção de voto nos Estados Unidos. No caso de Hillary, é o maior índice de rejeição de um candidato democrata em pelo menos dez eleições. A percepção de que ela é “desonesta” bateu 67% do eleitorado. No mês passado, esse índice era de 62%. Mas a impopularidade ainda maior de Trump faz da ex-primeira-dama a líder nas pesquisas: tem 53,7% das intenções de voto contra 46,2% do rival.

Primeiro, sua imagem saiu arranhada depois de ser indiciada por usar e-mail privado para tratar de assuntos de interesse nacional quando secretária de Estado (2009 a 2013). Em seguida, ficou acuada depois que o ex-pré-candidato democrata Bernie Sanders pediu a ela a divulgação da íntegra de suas 94 palestras a instituições financeiras. Só para uma delas, ela embolsou US$ 675 mil por três palestras.

A última polêmica foi o vazamento, na semana passada, do conteúdo de milhares de e-mails que mostram claramente o favorecimento da cúpula partidária a Hillary, em prejuízo a Sanders. A cúpula democrata pediu desculpas, Sanders aceitou e deu apoio à ex-secretária de Estado.

Mesmo assim, um setor do partido chegou a vaiá-la cada vez que seu nome era mencionado no primeiro dia da convenção.  O comportamento desses convencionais chegou a preocupar a direção partidária, que passou a apostar no discurso do ex-presidente Bill Clinton, e marido de Hillary, como forma de acalmar os ânimos.

Votação

Em votação nominal, os democratas asseguraram a escolha de Hillary antes do fim da contagem, quando a candidata atingiu o apoio de 2.383 delegados, o mínimo necessário para um candidato ser nomeado. Ao longo da campanha, ela obteve o apoio de 2.807 candidatos e foi com esse número que ela chegou à convenção como favorita.


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