A presidente Dilma Rousseff telefonou para o líder da Indonésia, Joko Widodo, para pedir a anulação da execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, que será fuzilado no fim de semana no país, onde foi condenado por tráfico de drogas. Na conversa, Dilma também pediu pela clemência de outro brasileiro no corredor da morte no país pelo mesmo crime: Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos.
De acordo com uma nota oficial da Presidência, a mandatária disse a Widodo que tem consciência da gravidade dos crimes cometidos pelos brasileiros e que respeita a soberania da Indonésia e seu sistema judiciário. Apesar disso, como “mãe e chefe de Estado, fazia o apelo por razões eminentemente humanitárias”. Por sua vez, o presidente afirmou que “compreendia” a preocupação de Dilma, mas que “não poderia comutar a sentença de Moreira, pois todos os trâmites jurídicos foram seguidos conforme a lei indonésia, garantindo um devido processo legal aos brasileiros”. Diante da negativa, a líder brasileira ressaltou que a execução “terá repercussão negativa para a relação bilateral” com a Indonésia.
Preso desde 2003, quando tentou entrar no país com 13 quilos de cocaína escondidas em um tubos metálicos de uma asa-delta, Moreira será executado em um pelotão de fuzilamento à meia-noite de domingo, que corresponde ao período da tarde de sábado no Brasil. Outro cinco prisioneiros serão fuzilados na ocasião. A Indonésia é um dos países com legislação mais rígida para o tráfico de drogas. Widodo apoia a pena de morte para os traficantes de droga, pois considera que eles destroem “o futuro da nação”.
Caso seja mesmo fuzilado, Moreira será o primeiro brasileiro a ser executado no exterior. Solteiro, sem filhos e com os pais falecidos, Moreira terá apenas a companhia de uma tia antes de morrer. Atualmente, a Indonésia tem 64 pessoas no corredor da morte.
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