Mohamed Abdeslam, irmão de Salah Abdeslam, procurado em toda a Europa por conta de sua suposta participação nos atentados da última sexta-feira (13) em Paris, pediu para ele se entregar. Mohamed foi entrevistado pela emissora francesa BFM-TV e garantiu também que não sabe onde o irmão está. “O melhor é que ele se renda para que a polícia possa lançar plena luz sobre toda essa história. Mas quero lembrar: Salah não foi ouvido, portanto ainda é inocente”, declarou.
Salah é o locatário do veículo Polo preto abandonado perto do Bataclan, casa de espetáculos onde os terroristas mataram mais de 80 pessoas. Ainda não se sabe seu papel exato nos atentados, mas ele é suspeito de ter participado dos ataques a bares e restaurantes nos 10º e 11º arrondissements da capital francesa.
Atualmente, há um mandado de captura internacional contra o suposto terrorista, que virou o homem mais procurado da Europa. Na manhã do último sábado (14), Salah chegou a ser parado pela polícia em Cambrai, perto da fronteira com a Bélgica, com dois passageiros em um Golf preto, Mohamed Amri e Hamza Attou, acusados de serem os fabricantes dos explosivos usados em Paris.
No entanto, como a ordem de detenção ainda não havia sido emitida, ele foi liberado. Mais tarde, apenas Amri e Attou foram presos, mas eles alegam que serviram apenas de “taxistas” para Salah e que não sabiam de sua suposta participação nos atentados.
O irmão mais velho do fugitivo, Brahim Abdeslam, morreu após explodir o próprio corpo em frente ao restaurante Comptoir Voltaire. Os três são cidadãos franceses, mas viviam em Bruxelas. Segundo Mohamed, Salah e Brahim disseram à mãe que iam esquiar antes dos ataques. Os atentados à capital francesa deixaram pelo menos 129 pessoas mortas e mais de 300 feridas, sendo que dezenas delas continuam internadas em estado grave.
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