Israelenses se ‘disfarçam’ de palestinos para atacar manifestantes

Soldados israelenses tomam posições em confronto contra palestinos no campo de refugiados de Aida - Foto: Reprodução/ usatoday.com
Soldados israelenses tomam posições em confronto contra palestinos no campo de refugiados de Aida – Foto: Reprodução/ usatoday.com

Depois do registro de três israelenses mortos a facadas nesta terça-feira (13), em Jerusalém, os recentes conflitos entre judeus e árabes atingiram o número de 41 mortes, 28 palestinos e 13 israelenses.  Os ataques desta terça ainda deixaram mais de vinte pessoas feridas, segundo relatos da BBC. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chamou uma reunião de emergência para discutir a segurança do país e como prevenir os ataques.

De acordo com autoridades israelenses, o ministro da Segurança Pública, Gilad Erdan, já cogita cercear os bairros árabes no leste de Jerusalém, aumentando a repressão e o sectarismo em relação aos povos que não são judeus.

Atitudes como a de Erdan só alimentam o conflito que se torna a cada dia mais violento. Segundo a organização The Palestinian Red Crescent Society, os povos árabes que vivem no lado oeste da cidade já sofreram 53 ataques do Exército de Israel desde três de outubro.  Nos ataques, inclusive, os israelenses de ‘disfarçam’ com os lenços tradicionais Keffiyeh, utilizado pelos povos árabes,  para poder prender e torturar palestinos. Segundo a BBC, as incursões do exército israelense nos bairros árabes seriam uma represália a supostos ataques palestinos.

Vale lembrar que no domingo (11), bombardeios do Exército de Israel mataram uma palestina grávida e sua filha de três anos. Segundo os israelenses o alvo dos bombardeios era um depósito de armas do Hamas, mas isso não foi comprovado. Outro ataque dos israelenses no sábado (10) matou dois adolescentes palestinos, um de 13 e um de 15 anos, na Faixa de Gaza.

Em alguns vídeos que circularam pela internet durante o último fim de semana, homens vestidos com os lenços aparecem juntamente aos soldados israelenses lutando lado a lado. Eles não possuem qualquer identificação, farda ou uniforme, e estão sempre armados com pistolas automáticas. Em alguns momentos do vídeo nota-se que os palestinos que são capturados são espancados no chão, e um inclusive leva um tiro à queima roupa na perna.

Os conflitos vêm se agravando diariamente e a pouca transparência do governo israelense implica em mais perguntas do que respostas. No domingo (11), atendendo a uma pressão de Netanyahu, o Youtube fechou o canal de vídeos do Hamas, partido político palestino que controla a Faixa de Gaza. O fechamento do canal aconteceu um dia depois de uma censura feita pelo Youtube a um vídeo que mostrava mulheres islâmicas sendo maltratadas por soldados israelenses.

Veja o vídeo em que milicianos israelenses se ‘disfarçam’ de palestinos:


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