A ativista italiana Dominique Velati, que sofria de um câncer em estágio terminal, morreu de forma assistida em Berna, na Suíça. Sua história comoveu os veículos de imprensa italianos e abriu um debate sobre a eutanásia no país, onde a medida é proibida.
Velati foi a primeira pessoa que obteve ajuda econômica e foi acompanhada, ainda em território italiano, no processo da obtenção do direito de eutanásia no país vizinho.
A enfermeira de 59 anos, natural de Bolonha, foi diagnosticada em setembro com um câncer de cólon, que já havia se espalhado pelo fígado. Sua luta foi apoiada pelo Partido Radical, pelo qual foi candidata às eleições europeias em 2004.
Ela morreu em 15 de dezembro, mas morte só foi anunciada nesta segunda-feira, dia 21. Notícia foi divulgada pelo colega Marco Cappato, que participou do ato, indo contra a legislação italiana.
Os radicais também anunciaram que, mais uma vez como um ato de desobediência civil para chamar a atenção do Parlamento, vão pagar a viagem para a Suíça de pacientes terminais que pedem a eutanásia. Cappato anunciou a criação da associação “S.O.S Eutanásia”, destinada a angariar fundos para a iniciativa. Segundo ele, desde a última semana foram recebidos 90 pedidos de pacientes que sofrem com doenças terminais.
A ação violou os artigos do Código Penal italiano que prevê sentença de até 12 anos de prisão para qualquer um que facilite a execução de um suicídio em “qualquer situação”.
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