A Corte de Apelação de Brescia, no norte da Itália, reduziu para 30 anos de cadeia a pena do piloto e empresário Claudio Grigoletto pelo homicídio da brasileira Marilia Rodrigues, ocorrido em agosto de 2013. O italiano havia sido condenado em primeira instância à prisão perpétua, mas seus advogados alegavam que ele não era capaz de entender o que estava fazendo por sofrer de uma “completa alteração mental”.
No entanto, peritos designados pela Justiça disseram que Grigoletto estava totalmente lúcido e ciente dos seus atos no momento do assassinato. As motivações da Corte de Apelação de Brescia devem ser divulgadas nos próximos meses.
O homicídio aconteceu no dia 29 de agosto de 2013, na cidade de Gambara, norte da Itália. Marilia era funcionária e amante do piloto na sua empresa de aviação, a Alpi Aviation do Brasil. De acordo com o réu, a morte ocorreu depois de uma discussão sobre o apartamento que os dois procuravam para viverem juntos.
“Marília tinha uma tesoura nas mãos e tentou me atingir na garganta, então eu a peguei por um braço e a derrubei. Ela se chocou contra o batente da porta e começou a perder sangue da cabeça. Suas pernas tremiam, então eu coloquei as mãos no seu pescoço e o apertei”, contou Grigoletto em uma das sessões do seu julgamento.
Ele também disse que, antes de cometer o crime, pensou várias vezes em se suicidar por conta das dificuldades econômicas que enfrentava e porque estava cada vez mais difícil esconder o caso com a brasileira da sua esposa, com quem tem duas crianças.
Atualmente, o empresário está preso em uma penitenciária de Bollate, também no norte da Itália. Na época em que foi morta, Marilia esperava um filho dele.
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