Após se negar a participar do primeiro debate presidencial da história argentina, o candidato governista Daniel Scioli, que perdeu a liderança nas pesquisas no segundo turno, esteve presente neste domingo (15) em encontro com o rival, o opositor Mauricio Macri.
Com mais acusações do que propostas, os candidatos a sucessor de Cristina Kirchner tentaram convencer os indecisos, principalmente os eleitores de Sergio Massa, ex-aliado do governo e terceira força no primeiro turno do pleito. Scioli também quer reverter a vantagem que Macri apresentou nas últimas pesquisas de intenção de voto.
Para o La Nación, “duras acusações e falta de respostas caracterizaram o debate”. Segundo o jornal local El Clarín, opositor ferrenho de Kirchner, Macri se apresentou tranquilo, enquanto Scioli esteve muito tenso. Durante 75 minutos, os dois candidatos tentaram se mostrar como a verdadeira opção de mudança para o país, diante da figura desgastada de Cristina. O debate se centrou em temas como desenvolvimento econômico e humano, educação e infância, segurança e direitos humanos e fortalecimento democrático.
Scioli criticou planos de ajuste e “retrocessos” atribuídos ao rival, enquanto Macri negou as críticas, dizendo que o kirchnerista queria transformá-lo em um “demônio”. O opositor disse que seu plano é conquistar uma Argentina com “pobreza zero”, depois de quatro anos sem crescimento, com “o maior plano de infraestrutura da história”. Últimas sondagens divulgadas mostram vantagem de Macri de entre 6 e 10 pontos percentuais, com cerca de 10% de indecisos. Argentinos vão às urnas no próximo domingo (22).
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