Justiça dos EUA absolve outro policial que matou negro sufocado

Multidão protesta em Nova York - Foto: Reprodução/Silive.com
Multidão protesta em Nova York – Foto: Reprodução/Silive.com

Um júri de Nova York decidiu nesta quarta-feira (3) não incriminar o policial Daniel Pantaleo pela morte de Eric Garner – afro-americano que fora sufocado pelo agente no último dia 17 de julho -, recebendo críticas até do presidente Barack Obama.
   

Por conta disso, as forças de segurança de Staten Island, onde vivia a vítima, estão em estado de alerta máximo para a possibilidade de manifestações populares, assim como ocorreu em Ferguson, no Missouri.
    “Meu Deus, isso é sério? É uma loucura. Estou decepcionada, dá para ver no vídeo que o agente errou”, declarou a viúva Esaw Garner.

A família do morto ainda convidou as pessoas a organizarem protestos pacíficos contra a decisão da Justiça.
 “Neste país, enquanto todos não forem tratados de maneira igual perante a lei, será um problema. O meu dever como presidente é resolver essa questão” afirmou Obama, acrescentando que o procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, terá mais a dizer sobre o assunto.
   

A vítima tinha 43 anos e fora detido à força por suspeita de vender cigarros ilegalmente. Após resistir à prisão, Garner, que era asmático e estava acima do peso, foi imobilizado pelo pescoço por Pantaleo, como mostra um vídeo amador divulgado na Internet.
  O afro-americano morreu no hospital e o caso foi definido como homicídio pelo instituto médico legal de Nova York.

“Nunca foi a minha intenção fazer mal a alguém”, disse o agente.
 Alguns dias antes, um júri do Missouri já havia decidido não processar o policial branco Darren Wilson pela morte do jovem negro Michael Brown, ocorrida na cidade de Ferguson. Isso acabou provocando uma onda de manifestações no município e por todo o país. 


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