O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e os primeiros-ministros da Alemanha, Angela Merkel; da Itália, Matteo Renzi; da Grã-Bretanha, David Cameron; e da Espanha, Mariano Rajoy, confirmaram presença na marcha de domingo (11), em Paris. A manifestação foi convocada logo após o atentado ao jornal satírico Charlie Hebdo, na quarta-feira de manhã, que resultou em 12 mortos e vários feridos.
Chamado por alguns de Marcha Republicana, o evento está sendo apoiado pela maioria dos dirigentes políticos, líderes religiosos e sindicatos franceses. Algumas polêmicas foram levantadas, como a participação de partidos na manifestação pública. O Partido da Frente Nacional, de tendência direitista, por sua vez, reclama não ter sido convidado para o encontro de organização da marcha, que já reuniu a maior parte das forças políticas do país.
Daniel Cohn-Bendit, líder do movimento estudantil de maio de 1968 e ex-deputado europeu, disse que os políticos estão se aproveitando da situação. “É preciso que os partidos políticos se afastem”, afirmou Cohn-Bendit. Segundo ele, da forma como está sendo organizada a marcha, com a intervenção de partidos, ela vai contra o espírito do jornal Charlie Hebdo.
No discurso em que o presidente François Hollande falou sobre o resultado das operações policiais que levaram à morte três suspeitos de terrorismo, transmitido em rede nacional de TV, o líder francês agradeceu a solidariedade prestada por vários chefes de Estado e populações de diferentes países e convocou os franceses a participar da marcha.
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