Mais de 3,4 mil pessoas morreram este ano nas águas do Mediterrâneo enquanto tentavam chegar à Europa, informou hoje (10) o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
Mais de 207 mil pessoas fizeram a perigosa travessia marítima desde janeiro, quase três vezes o número dos que se arriscaram em 2011, durante a guerra civil na Líbia (70 mil pessoas), segundo o Acnur.
Desses, 3.419 morreram, um número recorde, tendo em vista o total de mortes de migrantes em barcos em todo o mundo neste ano (4.272).
A maioria das pessoas partiu da Líbia em direção à Itália e Malta, em busca de emprego ou asilo – os números incluem 60.051 sírios e 34.561 eritreus.
Os dados foram divulgados no início de uma reunião de dois dias em Genebra com o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Antônio Guterres, em que se discutem formas de proteger as pessoas que se arriscam a fazer essas travessias para escapar de perseguições, guerras, instabilidade e pobreza.
Guterres alertou que muitos estados parecem estar mais preocupados em defender as fronteiras do que em prevenir mortes.
Sem citar países específicos, o ex-primeiro-ministro português classificou essa atitude de “a reação errada numa época em que números recorde de pessoas estão fugindo de guerras”.
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