Mandela completa 94 anos

Foto Reprodução

Nesta quarta-feira, dia 18, o Nobel da Paz e ex-presidente sul-africano, Nelson Mandela, completa 94 anos. Neste dia, celebrado desde 2010 como o Dia Internacional de Mandela, centenas de atos solidários ocorrem por todo o país para lembrar a luta do líder pelo fim do apartheid – regime que negava direitos políticos, sociais e econômicos aos negros, mestiços e indianos – pela justiça e democracia.

Iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia de Mandela tem o objetivo de estimular as pessoas a dedicarem seu tempo a causas sociais pelo mundo. Na data, a ONU pede que cada cidadão use 67 minutos para realizar ações de ajuda ao próximo, um minuto por cada ano que Mandela dedicou-se à luta pela igualdade racial.

Gozando de “boa saúde”, segundo pronunciamento do atual presidente da África do Sul, Jacob Zuma, Mandela deve passar seu aniversário acompanhado da família na residência em Qunu, vilarejo onde nasceu.

Biografia
Nascido em 1918 no pequeno vilarejo de Qunu, na região do Transkei, na África do Sul, aos sete anos Mandela tormou-se o primeiro membro da sua família a frequentar uma escola, onde ganhou o nome inglês “Nelson”. Aos 16 anos optou pelos estudos de Cultura Ocidental e Direito.
Na faculdade, Mandela participou do movimento estudantil e acabou expulso por questionar as regras universitárias e obrigado a terminar sua graduação por correspondência. Mas não eram só os limites impostos dentro do campus que mobilizavam Mandela. Ainda como estudante, começou a sua luta contra o regime do apartheid.

Em 1942, aos 24 anos, uniu-se ao Congresso Nacional Africano (CNA), fundado em 1912, e criou a Liga Jovem do partido ao lado de outros líderes negros como Walter Sisulu e Oliver Tambo.

Já com bastante notoriedade no país pela sua luta pela igualdade de direitos, Mandela passou a ser o comandante da luta armada do CNA em 1960. Considerado pelo povo um líder guerreiro e pelo governo sul-africano um terrorista, foi preso em 1962 e condenado à prisão perpétua, mas foi libertado após 27 anos na cadeia.

Durante esse período, houve intensa pressão popular no país e no mundo por sua libertação e o grito “Libertem Nelson Mandela”, passou a ser o lema do movimento anti-apartheid. Em 1985, o governo ofereceu a liberdade à Mandela em troca de uma retratação e que ele desestimulasse a luta armada, oferta que foi prontamente recusada.

Em 11 fevereiro de 1990, aos 72 anos, Mandela foi libertado por ordem do então presidente Frederik Willem de Klerk, com quem dividiu um Nobel da Paz em 1993. E em 1994, tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul, no que foram as primeiras eleições multirraciais do país. Governou o país até junho de 1999 e no período comandou a transição do regime segregacionista do apartheid para uma democracia.

Após o fim do seu mandato, Mandela engajou-se em diversas causas em prol dos direitos humanos no seu país e no mundo como a luta contra a aids. Por sua vida dedicada à questões sociais, recebeu inúmeros prêmios pelo mundo como o Bharat Ratna, mais alta distinção da Índia, a Ordem do Canadá, a Ordem de St. John, da rainha do Reino Unido, Elizabeth 2ª, além da medalha presidencial da Liberdade, concedida pelo então presidente norte-americano George W. Bush.


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