Manifestação em favor de Cristina reúne 50 mil em Jujuy

No dia do aniversário de 62 anos da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, cerca de 50 mil pessoas foram às ruas de San Salvador de Jujuy, na província de Jujuy, no norte do país, para demonstrar apoio ao governo, que vive uma crise política desde que o procurador Alberto Nisman – que iria apresentar denúncias contra Kirchner no parlamento – foi encontrado morto em seu apartamento, em Buenos Aires. Segundo a imprensa local, ela passou a data na residência presidencial de Chapadmalal, a 400 quilômetros da capital.

A manifestação acontece dois depois de cerca de 400 mil pessoas participarem de uma passeata que pediu o esclarecimento da magistrado, que completou um mês no dia 18. A marcha, batizada de “Passeata do Silêncio” ou “#18F”, partiu do Congresso Nacional e seguiu até a Plaza de Mayo, onde os manifestantes fizeram um minuto de silêncio simbólico em frente à Casa Rosada.

A manifestação favorável a Cristina foi organizada por movimentos sociais dos direitos humanos, como a Tupac Amary, de Jujuy. No ato, era possível ver placas com frases como “Somos todos Cristina”, em uma associação com a frase Je Suis Charlie, dos ataques ao jornal francês Charlie Hebdo, em janeiro. “Viemos bancar a presidente Cristina e garantir a democracia. Queremos dizer que estamos gratos a Cristina por ter dado toda a nossa dignidade de volta, por ter aberto fábricas e por ter devolvido a nossa vontade de militar em partidos políticos”, declarou Milagro Sala, dirigente do movimento.

A cobertura do ato foi mínima na imprensa de Buenos Aires, mas repercutiu em veículos de imprensa alinhados com o governo do país, como a rede venezuela Telesur.

No Facebook, Cristina Kirchner postou nesta quinta-feira (19) as cartas que recebeu do presidente da China, Xi Jinping, e escreveu agradecimentos aos colegas Rafael Correa, do Equador, Evo Morales, da Bolívia e Nicolás Maduro, da Venezuela. A última publicação dela que chamou a atenção foi na manhã desta quinta, quando ela pediu aos argentinos para “abrirem os olhos” para os interesses geopolíticos que movem a ofensiva contra ela.


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