A Marcha Republicana convocada para o domingo (11), em Paris, será uma das maiores manifestações dos últimos anos na capital francesa. A expectativa é que mais de 1 milhão de pessoas de diversos segmentos da sociedade, entre os quais intelectuais, religiosos, personalidades e políticos de diversos países.
A manifestação foi convocada após o assassinato de 12 jornalistas e cartunistas da publicação Charlie Hebdo, na quarta-feira (7). Com a promessa de ser um grande ato de repúdio ao terrorismo e à intolerância, a marcha vai mobilizar cerca de 2 mil policiais e 1,3 mil militares na capital francesa e nos seus arredores.
O número foi divulgado pelo Ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, que acrescentou que estão sendo tomadas medidas “excepcionais” para garantir a segurança do ato. Entre elas está a proibição de estacionar em toda a área que será percorrida pela passeata.
Além de dezenas de milhares de franceses e estrangeiros residentes no país, a marcha terá a presença dos principais líderes europeus, como a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e os primeiros-ministros de Reino Unido (David Cameron), Espanha (Mariano Rajoy) e Itália (Matteo Renzi).
A presidenta Dilma Rousseff (PT) manifestou seu apoio em nota oficial e pediu ao embaixador José Bustani que a representasse no evento. Leia sobre aqui.
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve também informou: “hoje, cerca de 700 mil pessoas manifestaram-se por toda a França em solidariedade aos 17 mortos nos ataques terroristas desta semana”. Serão feitos dois percursos distintos, mas ambos com o mesmo destino: a praça da Nação, que também servirá de concentração para os manifestantes.
Após matar os supostos responsáveis pelo ataque ao jornal Charlie Hebdo, Said e Chérif Kouachi, e o sequestrador de um mercado kosher em Paris, Amedy Coulibaly, as forças de segurança buscam a companheira deste último, Hayat Boumeddiene. Ele teria o ajudado a planejar o rapto e participado do tiroteio que deixou uma policial morta na última quinta-feira (8)
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