Merkel e Hollande se reúnem para discutir crise migratória

Foto: Présidence de la République/ Fotos Públicas (06/07/2015)
Foto: Présidence de la République/ Fotos Públicas (06/07/2015)

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, vão se reunir nesta segunda-feira (24), em Berlim, para tentar restringir os pedidos de asilo requisitados por imigrantes, além de outras medidas para tentar resolver a pior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial.

Mais de 107 mil imigrantes que fogem de países em conflito atravessaram as fronteiras europeias no mês passado, e a tendência é que este número aumente. “Tem de haver um novo ímpeto para se fazer o que já foi decidido e olhar para o problema sob novas perspectivas”, disse uma fonte da presidência francesa. A mesma fonte admitiu que as decisões já tomadas na União Europeia “não chegam, não são suficientemente rápidas e não servem”.

As prioridades de Merkel e Hollande tratam de, entre outros fatores, fazer uma lista de países cujos cidadãos não terão resposta positiva a pedidos de asilo, a não ser em circunstâncias excepcionais. Até agora não houve consenso para elaborar este tipo de lista, o que ilustra a falta de “uma política europeia completa” para lidar com os milhares que procuram abrigo no continente.

Os dois líderes querem também acelerar a instalação de centros de acolhimento na Grécia e na Itália, para identificar requerentes de asilo e imigrantes ilegais. “Enquanto esses centros não forem instalados e não houver solidariedade interna da União Europeia, o regresso dos migrantes aos seus países de origem – que dissuadiria novas chegadas – não vai acontecer”, argumentou a fonte do Palácio do Eliseu, sede do governo francês.

Em Roma, autoridades italianas adiantaram que, só no último sábado (22), recolheram 4.400 migrantes que tentaram atravessar o Mediterrâneo em 22 embarcações – o número diário mais alto dos últimos anos.

O vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, disse nesta segunda que o aumento do número de pedidos de asilo – que este ano deverá exceder 800 mil – é “o maior desafio para a Alemanha desde a reunificação em 1990”.


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