O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse que está confiante de que o país vai cumprir as metas econômicas que o governo fixou para este ano, apesar de reconhecer o impacto da crise das bolsas, informou nesta quarta-feira (26) a imprensa local. “A China tem confiança de alcançar os seus principais objetivos de desenvolvimento para este ano sob medidas adequadas de reforma para estabilizar e reestruturar a economia”, afirmou Keqiang, em declarações divulgadas pelo jornal China Daily.
As declarações do primeiro-ministro ocorrem no momento em que a crise das bolsas obrigou o Banco Popular da China a intervir, nesta terça (25), com um corte nas taxas de juros para acalmar os mercados. O primeiro-ministro reconheceu que a economia chinesa tem sido afetada pela turbulência nos mercados globais, mas afirmou que os pilares se mantêm “estáveis” e que o gigante asiático vai manter um ritmo de crescimento razoável. “Ainda temos margem para aplicar mais políticas macroeconômicas, e a China tem um mercado interno enorme”.
Li Keqiang defendeu as recentes desvalorizações da moeda chinesa yuan – adotadas este mês pelo Banco Central – que foram acompanhadas de uma reforma no sistema cambial. Ele garantiu que, depois dessas “melhorias”, a taxa de câmbio se ajustará mais em relação ao seu valor de mercado. Após essa correção, acrescentou, não há base para uma contínua depreciação do yuan.
“Esse ajuste também foi feito como parte dos esforços de reforma que a China está executando”. Li Keqiang insistiu que as depreciações foram consequência do desenvolvimento dos mercados financeiros internacionais.
A segunda economia mundial manteve crescimento de 7% no segundo trimestre de 2015, excedendo várias previsões internacionais e confirmando a “normalidade” defendida pelo governo chinês. O índice, que coincide com a meta apontada pelo governo, ultrapassa também a previsão do Fundo Monetário Internacional sobre o crescimento econômico do país em 2015 (6,8%).
Comparado com o mesmo período do ano anterior, o crescimento da economia chinesa no primeiro semestre de 2015 recuou 0,4 pontos percentuais. Se a taxa de 7% se mantiver ao longo do ano, será a mais baixa dos último 25 anos. Na última década, a economia chinesa cresceu, em média, 9,9% ao ano e em 2010 tornou-se a segunda maior do mundo, à frente do Japão e da Alemanha.
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