Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) se comprometeram neste sábado (5) a reforçar a cooperação para responder à crise dos refugiados, num acordo que inclui a proteção dos direitos humanos e o aumento do apoio financeiro a países africanos.
“Acabou o jogo de passar a culpa para os outros. Agora é hora de tomar medidas”, disse hoje a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, no final de dois dias de reuniões informais dos ministros dos Negócios Estrangeiros, que teve como tema exclusivo a questão das migrações e a situação dos refugiados.
As 28 nações da UE estavam bastante divididas sobre o que fazer em relação aos fluxos de migrantes. A maior parte deles têm abandonado seus países para fugir dos conflitos no Oriente Médio e no Norte da África.
Aústria e Alemanha recebem refugiados
O governo austríaco anunciou neste sábado (5) que Áustria e Alemanha aceitam receber todos os milhares de refugiados que a Hungria decidiu reencaminhar para a fronteira nas próximas horas.
A chancelaria austríaca disse que a decisão, motivada pela “situação de urgência atual na fronteira húngara”, foi anunciada ao primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, pelo chanceler austríaco, Werner Faymann, em concordância com a chanceler alemã, Angela Merkel.
O governo húngaro anunciou na noite de ontem, ao fim de vários dias de impasse, ter aceitado mobilizar cem ônibus para levar à fronteira com a Áustria os cerca de 1.200 refugiados que já estão seguindo nesta direção e também os que se mantêm concentrados na principal estação ferroviária de Budapeste.
Áustria e Alemanha continuam na espera de que a Hungria “respeite as suas obrigações europeias incluindo as relacionadas com o acordo de Dublin”, que rege os regimes de asilo na União Europeia, destacou a chancelaria de Viena.
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