Mais conhecido por seus conceitos filosóficos e sociológicos em torno da liquidez da sociedade e suas relações, o polonês Zygmunt Bauman faleceu nesta segunda-feira, 9, aos 91 anos. A informação foi dada pela mídia polonesa e logo ganhou destaque em portais de todo o mundo, como o italiano La Reppublica e o norte-americano NBC. A causa ainda não foi divulgada.
Bauman morreu na cidade de Leeds, na Inglaterra. Considerado um dos maiores pensadores contemporâneos, nasceu no dia 19 de novembro de 1925, em Poznan, na Polônia. Sua contribuição intelectual dedicava-se a “diagnosticar os males da sociedade”. A insistência em mostrar a efemeridade das relações e das coisas colocou-o entre os mais lidos do mundo, com seus livros Modernidade Líquida, Amor Líquido, Tempos Líquidos, entre outros.
Deixa três filhas, frutos de seu relacionamento com Janina, que conheceu Zygmunt em um acampamento para refugiados quando ele serviu o exército da URSS, na Segunda Guerra Mundial.
O sociólogo continuava ativo em seu trabalho, apesar das dificuldades que a idade lhe impunha. Visitou o Brasil pela primeira vez em setembro de 2015. Na época ministro da Educação do governo Dilma, o filósofo Renato Janine Ribeiro encontrou Bauman e publicou, assim que soube de sua morte, uma nota de pesar no Facebook. “Conheci Zygmunt Bauman, que se foi hoje, num evento importante do Sistema S no Rio, acho que em agosto ou setembro de 2015. Extremamente dedicado à esposa. Com dificuldade de ouvir. Admirador das políticas de inclusão social do PT. Conversamos o que deu, dada a sua surdez. Um homem que impressionava”, escreveu Janine.
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