Morreu no último domingo, dia 2, o ativista e historiador uruguaio Universindo Díaz, de 60 anos. Universindo lutava há seis meses contra um câncer de medula, e morreu em Montevidéu, onde residia atualmente com a ex-mulher Ivonne Trías e o filho Carlos Iván Rodríguez Trías, que cuidaram dele durante a doença.
O ativista ficou conhecido em 1978, quando foi sequestrado pela ditadura brasileira após fugir do Uuruguai para Porto Alegre com a ex-mulher, Lilian Celiberti, e os filhos Camilo, então com 8 anos, e Francesca, então com 3. Díaz foi capturado em uma das ações da Operação Condor, união de governos ditatoriais do Cone Sul que trocavam informações e auxílio no sequestro de perseguidos pelo regime.
Após ser preso com a ex-mulher, Universindo passo cinco anos em cárcere. Sua história foi repercutida graças ao jornalista Luiz Cláudio Cunha, então repórter da revista Veja em Porto Alegre. Ao lado do fotógrafo João Batista Scalco, Cunha noticiou o sequestro e publicou a história na revista. A repercussão da notícia não evitou que o uruguaio permanecesse preso até 1983, período em que foi brutalmente torturado.
Em 2010, o jornalista Washington Luiz de Araújo entrevistou Universindo Díaz e Lilian Celiberti, em matéria publicada na edição 40 da Brasileiros. Confira abaixo a história do ativista uruguaio que se transformou em um símbolo da luta contra as ditaduras sul-americanas.
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