Um ano após o anúncio de uma epidemia de ebola no Oeste da África, o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho lançaram esta semana uma campanha de apoio aos países que sofreram com a doença. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), dez mil pessoas morreram de ebola no período.
”Palavras contra o Ebola”, é o título do movimento, que objetiva promover o conhecimento, alívio do medo e a criação de uma comunidade de apoio global para acabar com a doença.
As duas entidades ressaltam que um dos fatores mais importantes para diminuição de casos foi a redução, por meio da informação, de práticas não seguras de sepultamento, durante as quais os cadáveres, ainda contagiosos, eram manuseados por parentes em luto. Em alguns lugares, essas práticas inseguras permanecem.
Autoridades da Libéria, Guiné e de Serra Leoa, os três países mais afetados pelo ebola, informam que ainda há resistência por parte das comunidades em cooperar com as medidas de saúde pública, havendo até violência contra os profissionais.
O último paciente liberiano com sintomas do ebola recebeu alta no dia 3 de março. Até o dia 15 não houve registros de novos caos. Entretanto, são necessários 42 dias da alta do último paciente para o país ser considerado livre da doença.
Dados da OMS indicam que mais de 24 mil pessoas foram contaminadas pelo vírus ebola. Em geral, a doença se manifesta entre o quinto e o vigésimo primeiro dia depois de a pessoa ter contato com o vírus.
Inicialmente, o principal sintoma é a febre, que pode ser acompanhada de dor no corpo, na cabeça, garganta, nos músculos, além de náuseas, vômitos e diarreia. Em pouco tempo, a pessoa começa a ter sangramentos na pele, boca e intestino, podendo gerar a morte do paciente.
Conforme a Cruz Vermelha, o movimento quer romper com o estigma contra os profissionais da assistência à saúde e contra os sobreviventes. A intenção é educar as comunidades sobre a prevenção da doença.
As entidades apelam às comunidades internacionais para que o ímpeto do combate à doença continue, de modo a garantir que as populações no Oeste da África não sejam abandonadas.
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