“O custo seria enorme”, diz Tsipras sobre saída da zona do euro

Foto: Prime Minister Grécia/ Fotos Públicas (19/06/2015)
Foto: Prime Minister Grécia/ Fotos Públicas (19/06/2015)

Na primeira entrevista concedida após anunciar um referendo, para o próximo dia 5, com o intuito de discutir a proposta dos credores internacionais, o premiê grego Alexis Tsipras reforçou a sua posição de votar ‘não’ e incentivou o povo da Grécia a negar as medidas para fortalecer o lado do país nas negociações.  “Quanto maior a participação e a votação do não, mais forte será nossa posição na negociação. Um apoio entre 60% e 70% teria um grande impacto “, disse Tsipras na entrevista. As informações são do jornal El País.

Para o primeiro-ministro, o referendo é uma das poucas opções que restaram para a Grécia se manter firme nas conversas com a troika: “Nosso objetivo é que o referendo, uma opção política, nos ajude a continuar com as negociações.” Apesar de uma convicção dos partidários da União Europeia no caso, a Grécia não pretende sair da zona do euro, independente do resultado do referendo. “Não acho que querem nos expulsar da zona do euro, o custo da saída de um país europeu seria enorme”, argumentou Tsipras.

Contudo, um eventual calote na dívida de 1,6 bilhão de euros com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que deveria ser paga até esta terça-feira (30), não está descartado pelo governo grego. “Vamos pagar se até lá [meia-noite da terça-feira] conseguirmos um acordo sustentável.”, disse. Tsipras também comentou sobre as retenções bancárias que foram impostas no último domingo (28). Para o premiê, o governo se viu encurralado e não tinha outra opção após os credores negarem uma extensão ao programa de resgate ao país.

Tsipras ainda explicou na entrevista que o desacordo com os credores aconteceu quando estes quiseram impor uma proposta de “tudo ou nada” para a Grécia, dando um “ultimato” para o país. “Esse ultimato não corresponde aos valores da UE. Fizemos o possível para chegar a um acordo, mas o objetivo das instituições não era superar as diferenças”.


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