O desprezo aos gays por terroristas e “americanos civilizados”

Coletiva de imprensa da polícia após atentado a boate gay em Orlando - Foto: Polícia/Divulgação
Coletiva de imprensa da polícia após atentado a boate gay em Orlando – Foto: Polícia/Divulgação

A repulsa de radicais islâmicos em relação a homossexuais não é novidade. Cenas de gays sendo atirados do alto de prédios por militantes do Estado Islâmico já não são novidade. Mas o que dizer do comportamento do governador republicano da Flórida, Rick Scott, e do Senador pelo Estado, Marco Rubio? Nada muito melhor, analisa Raul Juste Lores em artigo para o jornal Folha de S.Paulo.

Segundo o colunista, o governador “apressou-se em chamar a tragédia de ‘ato claro de terrorismo’”. Nenhuma palavra sobre o local e o perfil das vítimas. Quanto ao senador Rubio, admitiu depois de horas de silêncio que “o terrorismo talvez tivesse os gays como alvo pela visão dos radicais islâmicos sobre os gays”.

Não disse nada sobre sua campanha anti-gay, que em 2015 falava em “regras de Deus” para recusar a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Não muito diferente de pastores e pregadores televisivos, que classificam os homossexuais de “pervertidos”.

Há por outro lado os avanços, lembra Lores. “Obama lembrou que a boate de Orlando era ‘um ambiente de solidariedade e empoderamento’” e que os Estados Unidos estão dentre as nações com as melhores políticas igualitárias.

Outro exemplo é o grande número de empresas que cancelaram investimentos em locais onde governadores e prefeitos se recusam a ajudar homossexuais. “Piadas homofóbicas não são toleradas no mercado financeiro, escritórios e Redações de jornais. Até políticos e esportistas se livraram do armário. Algo ainda inédito em boa parte do mundo.”


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