A Federação Italiana da Indústria Alimentícia (Federalimentare) está pensando em processar a Organização Mundial da Saúde (OMS) pela “grave imprudência demonstrada” no comunicado em que alerta que o consumo de carnes processadas pode causar câncer.
O anúncio foi feito pelo presidente da entidade, Luigi Scordamaglia, para quem as conclusões são “precipitadas”, “não baseadas em dados científicos” e podem penalizar o setor. A Itália é um dos principais produtores mundiais de embutidos, como salames e presuntos, alguns dos alimentos colocados no “Grupo 1” de agentes cancerígenos pela OMS, ou seja, aqueles que com certeza causam tumores.
Segundo a organização, comer 50 gramas de carne processada por dia, algo como duas fatias de bacon, aumenta em 18% a possibilidade de se desenvolver câncer colorretal. Tais produtos estão no mesmo rol de cigarros e plutônio, embora isso não signifique que o risco representado por eles seja o mesmo.
Além disso, a OMS declarou que a carne vermelha é “provavelmente cancerígena” para humanos, ou seja, está no “Grupo 2”. De acordo com a Federalimentare, desde o alarme da Organização Mundial da Saúde, houve uma queda de 9,8% nas vendas de salame, de 14,7% nas de carne enlatada e de 17% nas de salsicha.
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