A Assembleia-Geral das Nações Unidas autorizou nesta quinta-feira (10) a Autoridade Nacional Palestina (ANP) a hastear sua bandeira na sede da entidade, em Nova York, nos Estados Unidos.
A resolução que deu o aval para o hasteamento da bandeira recebeu 119 votos a favor, oito contrários e 45 abstenções.
Estados Unidos e Israel estão entre os países que votaram contra. O mesmo texto citava a bandeira do Vaticano, que a partir de agora também terá seu espaço na sede da ONU. A Santa Sé informou, no entanto, que aguardará o discurso do papa Francisco na organização, em 25 de setembro, para decidir se coloca ou não sua bandeira no prédio.
Esta é uma vitória diplomática na longa batalha palestina pelo reconhecimento de um Estado próprio. “É um feito simbólico, mas representa outro passo para consolidar os pilares do Estado palestino na cena internacional”, explicou o embaixador da ANP na ONU, Riyad Mansour. “O panorama é sombrio. O processo de paz está morto. Gaza está sufocada. Esta revolução com a bandeira é como uma pequena luz destinada a manter viva a esperança do povo palestino”, completou.
Por sua vez, o embaixador israelense nas Nações Unidas, Ron Prosor, disse que a iniciativa é como “uma tentativa flagrante de sequestrar a ONU”. O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Mark Toner, também classificou o ato como “contraproducente”.
Tanto a Palestina quanto o Vaticano têm status de observador não membro na ONU. O líder palestino, Mahmoud Abbas, estará na sede das Nações Unidas no próximo dia 30 para participar da Assembleia Geral.
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