O bombardeio que atingiu um hospital da organização Médico sem Fronteiras (MSF) em Kunduz, no norte do Afeganistão pode ter sido “um crime de guerra”, nas palavras do chefe escritório de Direitos Humanos da ONU, Zeid Ra’ad al-Hussein. Pelo menos 19 pessoas morreram, 12 são funcionários da organização humanitária.
De acordo com al-Hussein, “Esse evento chocante deve ser rapidamente, profundamente e independentemente investigado, e seus resultados devem ser tornados públicos”, disse em um comunicado. “A seriedade do incidente é ressaltada pelo fato de que um bombardeio contra um hospital pode ser considerado um crime de guerra.”
O acidente foi considerado “extremamente trágico, sem desculpas e possivelmente até criminoso”. Foram confirmadas as mortes de 12 funcionários da organização, quatro pacientes adultos e três crianças. Outras 37 pessoas ficaram feridas, incluindo outros 19 funcionários.
O MSF garante que todas as partes envolvidas no conflito foram avisadas sobre a localização do hospital e de todas as instalações do grupo, segundo quem o bombardeio durou outros 30 minutos mesmo após militares americanos e e afegãos terem sido comunicados sobre a tragédia. “O centro de traumatologia da MSF em Kunduz foi atingido várias vezes durante um bombardeio prolongado e ficou muito danificado”, informou a ONG em um comunicado.
No momento do ataque, 105 pacientes e 80 funcionários internacionais e locais estavam no hospital. Na véspera, 59 crianças estavam em atendimento no centro.
*Com agências
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