O líder da oposição venezuelana, Leopoldo López, encerrou sua greve de fome no presídio após a Justiça Eleitoral do país anunciar a data das eleições, informou sua esposa, Lilian Tintori. Além de López, outras 104 pessoas de seu partido, o Voluntad Popular, também estavam fazendo o mesmo protesto.
“Irmãos e irmãs, peço com o coração na mão que assumamos com humildade as conquistas obtidas neste protesto e todos juntos vamos levantar a greve de fome. Vamos suspender a greve, mas a luta continua. Jamais me renderei, nem vocês façam isso. Aqueles que se cansam perdem e nós jamais nos cansaremos”, escreveu López em uma carta lida por sua mulher.
Apesar do pedido, um grupo de jovens anunciou que continuará com o protesto até a “libertação dos presos políticos” e do “fim das perseguições e da censura”.
López começou sua greve no dia 24 de maio para cobrar do governo que marcasse as datas das eleições e impedir que ele fizesse manobras para atrasar o pleito. Na última segunda-feira (22), a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, informou que a disputa nas urnas será realizada no dia 6 de dezembro.
O político está preso há mais de 16 meses por ser considerado um dos agitadores dos protestos do ano passado, que deixaram mais de 40 mortos e milhares de feridos. Apesar das acusações, ele nunca foi acusado formalmente ou teve seus recursos judiciais aprovados. Além de López, o também opositor do Voluntad Popular, Daniel Ceballos, havia anunciado o mesmo tipo de protesto.
O ex-prefeito de San Cristóbal, que também está preso, encerrou a greve há dois dias – após passar outros 20 dias sem se alimentar.
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