Os pais dos 43 estudantes mexicanos da escola rural Ayotzinapa, que estão desaparecidos desde o no ano passado quando foram fazer uma excursão à Iguala, no Distrito de Guerrero, começaram uma greve de fome nessa quarta-feira (23), véspera de um encontro com o presidente do país, Enrique Peña Nieto. As famílias dos jovens estão sob uma lona branca em frente à catedral da Cidade do México, na Praça Zocalo.
“Durante 43 horas vamos apenas beber água e vamos estar em jejum quando nos encontrarmos com o Presidente”, disse Nardo Flores, cujo filho Bernardo está entre os desaparecidos. Este será o segundo encontro entre os pais dos estudantes e Peña Nieto desde o desaparecimento dos jovens no ano passado. Vidulfo Rosales, o advogado das famílias, disse que os pais vão pedir que Peña Nieto ordene uma nova investigação e exigir que as autoridades entreguem os 43 jovens vivos.
Os estudantes de uma escola de formação de professores no estado de Guerrero desapareceram depois de terem sido atacados por policiais locais na em Iguala. As autoridades dizem que a polícia os entregou ao cartel Guerreros Unidos, que os matou e incinerou os corpos. Mas a investigação oficial foi questionada por especialistas independentes da Comissão Inter-Americana para os Direitos Humanos, que dizem não haver provas de que os estudantes tenham sido queimados numa lixeira, como tinha sido veiculado pelas autoridades.
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