O papa Francisco fez um apelo para que os religiosos saiam às ruas e ressaltou que “os bons teólogos são os que cheiram a povo”. “Não se contentem com uma teologia de mesa. O lugar de reflexão de vocês são as fronteiras. E não caiam na tentação de pintá-las, de perfumá-las, de ajustá-las um pouco e de domesticá-las”, disse o papa, em uma carta enviada à Pontifícia Universidade Católica da Argentina (UCA), por ocasião dos 100 anos da Faculdade de Teologia. De acordo com o Francisco, não se pode ser “um teólogo de ‘museu’, que acumula dados e informações sem saber o que fazer com isso. Nem um ‘balconista’ da história”.
“Os bons teólogos, como bons pastores, cheiram a povo e às ruas. Com sua reflexão, derramam azeite e vinho nas feridas dos homens”, destacou Francisco na carta endereçada ao cardeal Mario Aurelio Poli, atual arcebispo de Buenos Aires e chanceler da UCA.
No documento, Francisco também recordou que o centenário da faculdade coincide com os 50 anos do fim do Concílio Vaticano II, o qual foi “uma atualização, uma releitura do Evangelho na perspectiva contemporânea”.
“Produziu um movimento irreversível de renovação e agora temos que seguir adiante”, afirmou o líder da Igreja Católica. Desde quando foi eleito papa, em março de 2013, Francisco, que é jesuíta, tenta aproximar a igreja dos fiéis.
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