O papa Francisco pediu neste sábado (19) que Cuba e Estados Unidos avancem na normalização das relações bilaterais e “desenvolvam todas as suas potencialidades”. A afirmação foi feita durante discurso na chegada a Havana.
“Somos testemunhas de um acontecimento que nos enche de esperança: o processo de normalização das relações entre os dois países, depois de anos de distanciamento. É um processo, um sinal da vitória da cultura do encontro e do diálogo”, disse Francisco no Aeroporto Internacional José Marti, em Havana.
Antes do discurso do papa, o presidente de Cuba agradeceu o apoio de Francisco no restabelecimento das relações diplomáticas com os Estados Unidos, “um primeiro passo no processo de normalização das relações entre os países e que permitirá resolver problemas e reparar injustiças”.
“O bloqueio, que provoca danos humanos e privações às famílias cubanas, é cruel, imoral e ilegal. Deve cessar”, disse Raúl Castro à chegada do papa em Havana, cidade onde ele inicia uma visita de quatro dias à ilha.
O Airbus A330 da Alitalia transportando o papa aterrisou poucos minutos antes das 16h locais (17h, no horário de Brasília) no Aeroporto José Martí de La Habana, onde era aguardado por Raúl Castro e pelo cardeal Jaime Ortega, o maior representante da Igreja católica na ilha.
Até terça-feira (22), o papa estará em Cuba, com passagens por Havana, Holguin e Santiago, para encontros com jovens, famílias, bispos e, provavelmente, Fidel Castro.
Em seguida, ele viajará aos Estados Unidos, onde visitará o Congresso e a sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York. Os dois países contaram com o apoio do papa Francisco para restabelecerem relações diplomáticas.
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