Em mais uma quebra nas tradições da Igreja Católica, o papa Francisco recomendou por decreto o fim da regra que bania as mulheres da cerimônia de lava-pés, realizada durante a Quaresma. A medida enfureceu a ala conservadora da Igreja, que insinua a intenção do pontífice de agradar feministas.
A tradição permite a participação de 12 homens no ritual, em uma referência aos 12 apóstolos que tiveram os pés lavados por Jesus na Última Ceia. A carta do papa foi enviada ao prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Robert Sarah. “Os pastores da Igreja podem escolher os participantes do rito entre todos os membros do Povo de Deus”, escreveu.
Em 2014, Francisco lavou os pés de 12 deficientes físicos. No ano passado, foram os pés de 12 detentos, incluindo um brasileiro, que cumpriam pena em uma penitenciária de Roma.
Embora a medida tenha irritado conservadores contrários a medidas como essa ou discursos contra a homofobia, ativistas dos direitos femininos manifestaram satisfação, informam agências locais.
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